Monday, October 11, 2004

Zona de Fronteira - João Bosco



Com esse inicio a série que em breve se tornará uma página anexa ao Maio.

O Zona de Fronteira eu ganhei de meu marido. Isso aí. Como não tenho mais o disco (é, eu perdi, é trágico e simples), estava com umas dúvidas de qual namorado havia ganho (porque sempre fui muito sabidinha com os poucos namorados que tive, e fazia com que eles me dessem discos que eu queria, só fiquei burrinha depois de casada mesmo), mas vendo que o trabalho é de 91, calculo que só pode ter sido dele. Estou aqui emputecida, pois, com o fato de ter percebido, provavelmente com alguns anos de atraso, que perdi o disco, já que não o tenho procurado a anos. O fato 1 , portanto, é que ele, o Zona de Fronteira, não mais está entre meus vinis. Fato 2: deve ter sido roubado. Um vinil que custa R$ 57,90 em uma única loja da internet, na forma de cd, só pode ter sido roubado. Fora de catálogo. Avalie no formato original. Ou não. Vai que acho em algum sebo da vida. Problema é procurar.

Eu amava esse disco. As faixas:

1.Trem Bala
2.Saída de Emergência
3.Ladrão de Fogo
4.Memória da Pele
5.Granito
6.Assim Sem Mais
7.Holofotes
8.Maio, Maio, Maio
9.Misteriosamente
10.Paranóia
11.Sábios Costumam
Mentir
12.Zona de Fronteira

Zona de Fronteira foi feito numa parceira entre João Bosco, Antônio Cícero (irmão da Marina, hoje Marina Lima, a cantora). Assisti ao tempo uma entrevista com o louco Wally sobre o trabalho. Todas as faixas dos três, ou seja, é trabalho tri-autoral (nossa, isso existe?). As melhores:

-“Saída de Emergência” é um delicioso blues cuja malícia a voz brasileiramente rebuscada do João só acentuava. Sem ao menos escutar você mentir pra mim, João, como é que eu faço pra dormir? “Assim sem Mais” vai na mesma linha. Ai, quem roubou meu Zona de Fronteira, Véio Lua?.

-“Memória da Pele” me engolia inteira e depois devolvia toda esbagaçada. Provavelmente quis esse disco por causa dessa música, que tocou bastante nas rádios à época. Talvez tenha sido de alguma novela, não estou certa. É uma canção difícil de definir. Forte, seu título já diz à que veio, poderosa, fala de uma paixão intensa que gravou-se na memória da pele do sujeito, da ‘sujeita’. Um redemoinho, é o que essa música é, igual a dona que deve tê-la inspirado.

-“Maio maio maio”. Impossível não identificar-me com essa música. Sua letra estaria completa no sub-título do Maio, mas ficou feio, muito grande. A melodia casou com a poesia nessa canção como se se derramasse nela. Perfeita.

-“Sábios costumam mentir”. Faixa que obteve relativo sucesso. Um bolero leve, moderno, romântico, altamente competente enfim, dentro de um estilo que o Bosco consagrou entre os anos 80/90 com discos como "Ai Ai Ai de Mim" (1987, que também tenho em vnil e está na lista do Vinis da Sweet) e "Bosco", de 1989, este vendídissimo até onde recordo.

Salvo estas citadas, o disco é muito inteiro, é como realmente um livro de poemas cantado, que você vai lendo página a página, e o sabor é sempre o mesmo e bom. Pena que algumas canções não recordo a melodia e sei que são excelentes. Se alguém puder ajudar, essa pobre agradece indicações de localização ou arquivos de mp3’s das faixas dessa preciosidade.

3 Comments:

Blogger Luciana L V Farias said...

Oi, querida!!!!

Passei para conhecer o novo cantinho, também!!!

Já vou deixar anotado junto com os endereços para linkar, assim que organizar tudo aproveito para colocar também!!!

Beijocas...

9:18 AM  
Blogger Unknown said...

tenho um "joão bosco com aldir blanc",de 1973 ...se vc se interessar me manda um e-mail. tá em o´timo estado de conservação...vem com um encarte muito legal sobre a parceria dos dois....

8:03 AM  
Blogger Wellington Rodrigues said...

Oi Luciana, olha eu novamente... será que teria alguma forma de vc enviar pra mim o Ai ai ai de mim do João?!?! aquele que vc me enviou dele, o "Bosco" é simplesmente maravilhoso... o "ai ai ai de mim" agora eu não consigo encontrar... valew!!! wellrod@gmail.com

10:53 AM  

Post a Comment

<< Home